terça-feira, 30 de setembro de 2008

Receitas




Tenho rodado muito, entre sites e blogs, procurando receitas faceis de casaquinhos e sapatinhos para meus bebes que vão nascer.
Quero que eles tenham bonitos casaquinhos e sapatinhos elegantes, alem de quentinhos, mas parecia que toda receita mais elaborada já tinha dono, era protegida por direitos autorais e só restava fazer os de sempre.
Até que navegando por aqui, encontrei a Sandra, do Trico e mais trico e fiquei encantada com o sapatinho lindo que ali estava, e o melhor, tem a receita junto, ela generosamente pediu licença aos autores da receita e eles autorizaram a ela publicar a receita do sapatinho, que por sinal, tem um nome elaboradissimo: Saartje's Bootees, não é lindo?
Isso mostra a cadeia da generosidade,que vai ajudando de elo em elo, a todos que a fazem.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Como nem tudo na vida é tricô...





MEU DESTINO

Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...

Cora Coralina

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Vale a pena sim!

Vale a pena entrar em contato com o Sac das empresas, aquelas bem intencionadas te dão atenção e explicações, apoio e indicações, alem de agradecerem pela sua atenção.
Num mundo globalizado, com o tricô e croche sendo usado como terapia ocupacional para vencer o stress, com mais pessoas antenadas se apaixonando por lãs e agulhas, querendo novidades, se voltando para o fio natural e para o ecologicamente correto, como deixar de atender um pedido de informações ou ignora-lo?
As pessoas viajam, navegam na Internet, pesquisam receitas de outros países, compram em lojas em outros continentes, procuram novidades e melhor qualidade, alem de preço condizente, e as empresas daqui ainda pensam em coisas do seculo passado?
No passado, o máximo que se tinha eram agulhas de plastico e lãs totalmente acrilicas, mas o que acontece quando se tece um trabalho com esse material?
Gasta-se uma quantia razoavel em novelos de lã, perde-se inumeras horas de trabalho manual, quando a peça fica pronta voce usa e depois, lava e aí acontece o desastre!
Aquele trabalho lindo e colorido vira um pano cheio de bolinhas, desbotado ou manchado, deformado...é de arrazar!
Mas quando se compra aquelas lãs bacanas, em alpaca, moher, cashemer, importadas através de sites da Internet, voce paga um preço ate que legal, mas se expõe à demora de entrega, da flutuação da moeda, tem que ter cartão internacional e muitas vezes o produto não era aquilo que voce esperava.
E eu me pergunto: porque nossas empresas de lã não produzem para nosso consumo, não divulgam o que exportam e não vendem tambem via Internet?
E pergunto a voces: se não fosse seguro e bom, porque esse tipo de comercio estaria se espalhando pela rede e, pasmem, pelas grandes lojas de armarinho que vendem na Rua 25 de Março?
É, as pessoas de visão são sempre as mesmas, as que estão sempre a um passo a frente da concorrencia, e depois os demais dizem que não tem sorte, que o Paíz não ajuda.
Sou perfeccionista mesmo, acho que não ficou bom, desmancho.
Mas esse casaquinho arrevezado está testando minha paciencia...
Já tive ate que trocar o novelo de lã, a primeira ficou um farrapo, de tanto tricota-desmancha, ufa!
Mas sou brasileira, não desisto nunca!
O que atrapalha são aqueles lindos novelos novinhos, piscando pra mim, la na minha prateleira...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu queria ser um polvo


Estou pelejando para fazer um casaquinho maluco, um projeto que só com a ajuda de uma alma generosa eu consegui a receita adaptada, mas que vai ficar uma loucura.

Estou louca para colocar a foto dele terminado aqui, mas no meu grupo de trico as tentações são muitas, tanto que já comprei o jogo de agulhas para fazer meu primeiro par de meias que deverá ser este tirado daqui: Tricoteiras mas vou ter que furar fila, na frente tinha um casaco, um gorro, outro casaquinho de bebê, aiaiaiai

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Grupo de tricô Crazy knitting ladies

Para quem acha que um grupo de tricô reúne mulheres desocupadas, querendo preencher o seu tempo vago, vejam essa mensagem que recebi hoje, uma reflexão sobre a crescente busca por produtos importados para o tricô nosso de cada dia, considerando que a autora, Susana Barbagelata, foi muito lúcida e exata, vale a pena ler e pensar, mais que isso, começar a reivindicar.
" Valesca e todas, achei esse tema tão interessante que merece tópico a parte.
E acho que quem está aprendendo agora a tricotar, ou tricota há 40 anos com os fios e agulhas do armarinho da esquina deve até se assustar com os nossos papos de importação de kits addi e fios de cashmere e alpaca no exterior.
Não conheço a Lu Posh, mas acho que ela tem certa razão, quando diz que não importa se uma peça é tricotada com fio Família, se ficou linda.
Na verdade, a técnica é a mesma, para quem usa o fio de seda importado ou o fio Família, agulhas Addi ou as de plástico da Pingouin. Não é porque uso agulhas Addi que tricoto mais que essas senhorinhas que, com agulhinha de plástico, fazem centrinhos todos rendados que a gente vê por aí, e que dão até medo de tão delicados.
O lance é que, principalmente quanto às agulhas, essa onda de compras no exterior é plenamente justificada, porque é mais fácil comprar tóxicos proibidos no Brasil do que um bom kit de agulhas circulares. E vamos ser francas, em qq país do mundo onde se tricote, praticamente ninguém mais usa agulhas retas, porque as circulares as substituem com inegáveis vantagens.
Eu comprei meu kitzinho Denise e, mesmo sabendo que há melhores, como os kits Boye e agora o Addi, fico pensando como é que eu vivia antes sem um desses. O triste é que tem um monte de gente que também adoraria ter um kit como o meu e não tem grana, acesso à internet ou cartão internacional, ou seja, vai continuar preso às agulhas retas do armarinho da esquina.
Sexta-feira mesmo, eu estava no ônibus, tricotando meu xale vermelho com uma agulha do kit Denise (no ensejo, já terminei e até já usei), na volta do trabalho, quando sentou uma senhorinha do meu lado. Devia ter quase uns 80 e se amarrou nas minhas agulhas. Ficamos conversando e eu mostrei como a agulha soltava do fio e poderia ser trocada.
Ela contou que tricotava desde menina; que só conhecia circulares para gola; que achou super pratico tricotar nas circulares como eu estava tricotando, sem peso nas mãos e cutucões no vizinho.
Perguntou de cara se eu tinha comprado as agulhas por aqui. Tive de sugerir que ela pedisse a algum parente ou amigo em viagem para comprar, porque ela não tinha acesso a internet.
Vcs não têm idéia da quantidade de pessoas que senta do meu lado no ônibus ou na barca, quando estou tricotando, porque se interessou pelo tricô e pelas agulhas. E ninguém conhece, ninguém sabe onde encontrar.
Engraçado que eu estava pensando em escrever sobre isso há alguns dias, e agora acabei de ler o email da Bia, comentando que agulha é ferramenta, e ferramenta não tem preço.
É isso aí, definiu o que penso. Acho que, para quem gosta de tricotar, comprar um bom kit de agulhas, mesmo caro, não é nenhuma loucura.
Minhas agulhas Inox eu comprei na Alemanha, em 1986, quando eu tinha 16 anos, e estão aqui comigo, perfeitas, prontinhas para usar.
Já quanto aos fios importados, bem podem parecer supérfluo, mas sob uma criteriosa olhada, chegamos a conclusão que não é: afinal, fios de melhor qualidade duram mais e têm melhor caimento e toque.
Por outro lado, pelo menos quanto aos fios, tenho esperança de que logo a postura das indústrias será de disponibilizar aqui no Brasil fios de primeira qualidade, para as tricoteiras, que estão cada vez mais exigentes. "
E assim deve ser com tudo: com os alimentos que compramos, com os sapatos que usamos, com os veículos que dirigimos, com os brinquedos que nossos filhos brincam, porque se reclamarmos e mostrarmos que conhecemos o que é bom e durável e nos dá mais conforto e segurança,seremos ouvidos pela industria e pelo comercio que estão loucos para vender.
E revejam seus conceitos, caso estejam achando que isso é papo de mulher quando tricota, nos aguardem!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Estola Preta Fechada

Embora muito bonita, a foto não faz justiça à peça.
Feita com lã Passion preta, agulhas 5, fechadmento invertido.

Estola Vitoria Quintal Simplificada

Em lã Quindim, agulhas 7, vai ser presente da minha mamãe!





Estola Vitoria Quintal


Em lã Sedificada, agulhas n.5, ficou tão bonita que já levaram.

Meu retorno às agulhas

Então, depois de muito tempo sem mexer com elas, as agulhas, resolvi trabalhar mais e pensar menos.
E quem me motivou a tomar coragem foi um bebê lindo, filho de uma filha do coração, para ele eu fiz essa manta, que foi feita com muito carinho e esmêro.
O Cauã, ao nascer, trouxe mais essa alegria para a minha vida!
Ela foi feita em tricô, com muito esmero e a lã Familia mesclada, o barrado foi feito na mesma lã branca, porem em croche, no ponto segredo.

Sejam bem vindas ao mundo das Tecelãs

Estou começando agora, aprendi tricô e crochê há muito tempo, quando ainda se ensinava Trabalhos Manuais na escola.
Sempre gostei de tecer peças delicadas, sapatinhos, tocas e casaquinhos para bebês, fiz algumas para meus filhos quando nasceram, depois tricotei algumas blusinhas e nunca me aventurei mais a pegar nas agulhas.
Agora, com tempo livre e uma grande vontade de ajudar quem precisa, resolvi tirar do porão agulhas e lãs, livros e cadernos de receitas, mas acabei seduzida pelas novas técnicas de tecer, pela belezas de fios, pela variedade de utensilios que nos facilitam a deliciosa arte das mãos.
Quando resolvi por em pratica minhas prendas, descobri um novo mundo na Internet: o mundo das tecelãs!
E que bonito é esse sítio, com pessoas interessantes, generosas e bem informadas, quase engenheiras das agulhas, alem de muita modernidade e beleza, alem de criatividade e alegria.
Há de tudo:muito jovens, jovens e mais experientes como eu, tecedeiras que vendem seus trabalhos lindos, outras que fazem para doar aos menos favorecidas, alguns homens e muitas mulheres.
Ha gente de varios tipos de cultura, filosofia, lingua e objetivos, mas o mais importante: de toda parte, partilhando suas sapiencias com o resto do mundo de forma amiga e generosa.
E fiz este blog especialmente para ir colecionando, mostrando e ensinando o que for aprendendo, para aquelas que tambem precisam de ajuda e que se sintam com vontade de entrar no mundo das tecelãs.